terça-feira, 28 de outubro de 2008

A minha 2ª prova (Masters 2008)...

A pedido dos meus companheiros de caça do costume, lá experimentei novamente a competição, pelo menos para ver se me conseguia adaptar. No final até não correu muito mal. Vamos ver se consigo repetir a dose no encontro do Pescasub.
Abraços,
Hugo

Allgarve...

Como não dá para ir ao ginásio, aproveitei para ir dar um mergulhito, mesmo com o mar a ameaçar os 30 cm de visibilidade. As condições estavam bastante más ao ponto de em alguns pontos não conseguir ver a ponta da arma, mas mesmo assim, fui tentando encontrar alguma zona mais aceitável.
No final acabou por compensar. 1 kg cada um.
Abraços,
Carlos

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Masters 2008

O dia de prova chegou! Finalmente, estávamos com as condições perfeitas para um dia de pesca. Os contínuos adiamentos da data de prova provocado em parte pelas condições climatéricas deixou a maioria dos atletas em estado de euforia para este dia.
Logo de manhã, na Cova do Vapor, ponto de encontro para os participantes, com o Paulo Ralha a marcar presença entre os primeiros a chegar, logo seguido do pessoal do COI e Cepote, deu para perceber o ambiente de festa e amizade que acabou por estar presente durante todo o dia.

Os barcos entraram na água e rumaram em direcção ao Estoril, local escolhido para dar inicio à jornada. Alguns minutos depois de todas as embarcações estarem reunidas na agua, vislumbra-se ao fundo uma embarcação vermelha com 4 elementos. Eram os COI, a equipa da casa, favoritos à vitória. Notava-se algum respeito na cara dos restantes atletas. Afinal, ninguém conhecia a zona como eles.

Depois dos apertos de mão de praxe, o Presidente Rui Patrão faz o discurso de abertura e dá inicio ao encontro.
Os barcos arrancam todos a grande velocidade, ficando duas embarcações paradas simplesmente a olhar como se de alguma forma desejassem que todos os outros desaparecessem daquele lugar. Eram os COI e Pescasub, as equipas da casa. Dava para desconfiar qualquer coisa e logo se percebeu que o objectivo era caçar ali mesmo nas baixas de São Pedro. Os restantes barcos desconfiaram e acabaram por voltar para trás e fixaram-se ali mesmo naquelas pedras.
Um dos barcos dirigiu-se automaticamente para o Mexelhoeiro, não fosse esse o local de eleição de Rui Patrão.

Chegando ao local o Rui combina com o Hugo Correia (Ericeira) a estratégia e explica o comportamento e técnica a aplicar naquela zona. No primeiro mergulho, o Rui, tenta um agachon para perceber o tipo de vida que anda pelo fundo. É nesta altura que passam descontraidamente longe do alcance do tiro, dois belos robalos que deviam bater facilmente a fasquia dos 5kg. Na cabeça do Rui, tudo o que estava planeado para a prova tinha sido completamente apagado, o objectivo agora eram aqueles belos troféus que estavam a guardar aquela zona. Assim, ao fim de algumas horas, estavam 4 robalos apanhados, mas somente com 2 deles a pesar, tendo os restantes ficado fora dos mínimos para a pesagem, no entanto nada de troféus. Era altura de tentar salvar a prova e tentar outros peixes. O Hugo por sua vez estava com uma prova que mostrava potencial para ganhar o torneio, o que na realidade acabou por acontecer. É nesta altura que aparece o campeão da edição anterior, Nuno Rosado, que como um perdigueiro passa ao pé de Rui Patrão e num buraco que já tinha sido explorado por ele, tira perante o ar incrédulo de Rui, um belo Safio com 4980g. É também logo a seguir que um pouco mais abaixo numa fenda impossível, Pedro Valente, mostrando alguma habilidade consegue tirar o maior exemplar de Sargo do dia. A prova prometia para o Cepote.


Mais abaixo, em São Pedro, Filipe Martins, Stéphan, Carlos Martins e Aguas, fazem uma prova espectacular. Não faltou muito para Filipe encontrar um buraco com mais de 50 exemplares de sargo. Com uma santola logo a seguir que passeava nas imediações com perto de 3kg. Não era altura para santolas! Começamos a tapar as saídas com armas e iniciamos as capturas. O Stephan subiu para o barco para ir apanhando o peixe e trocando as espingardas. No entanto ao fim dos seis sargos, o buraco ficou vazio. O que pelos vistos foi resultado de alguma saída que ficou por tapar. Foi tempo de mandar a santola para dentro do barco.

Um pouco ao lado, desta vez é o Carlos que entra e desaparece dentro de um buraco bastante complicado (um estilo que já nos habituou nos últimos tempos). Passados alguns segundos, sobe à superfície e diz que acabou de fazer uma dupla de sargos de quilo, mas que por azar o arpão ficou preso dentro do buraco. É nesta altura que a violência do rio acaba com o estofo da maré e o mar assume uma força capaz de acabar com qualquer pessoa. Alguns 50 minutos mais tarde, Carlos consegue recuperar os sargos, mas a prova estava praticamente terminada para ele. A corrente tinha acabado por lhe tirar todas as forças. Foi a vez de Stéphan ir trabalhar a zona de espuma enquanto o Aguas e Filipe batiam uma baixa, com Carlos a assumir a posição de barqueiro, mas uma vez mais a corrente não permitiu que se fizesse muito coisa.

Do lado dos Ferreira Pescasub, o Cesar com 2 horas de sono, fazia a sua caça só para cumprir, enquanto que Miguel aventurava-se dentro de uma galeria enorme. Ao entrar, percebe que a galeria dividia-se em dois. O Miguel opta por parar e fazer um agachon dentro da ‘caverna’ para ver se apanha algum sargo mais distraído. É nesta altura que sente qualquer coisa perto de si. Quando vira a cabeça para o outro lado, vê um belo robalo a afastar-se. Automaticamente como que por instinto, dá o tiro e apanha o peixe na barriga. Não podia ter sido pior, era quase certo que iria rasgar. Com alguma sorte, o robalo desnorteado nada em direcção ao Miguel e choca contra os óculos dele, aproveitando logo para o abraçar e subir para a superfície com aquele que foi o maior exemplar do torneio.

Claro que não podemos esquecer a prova de Paulo Ralha que caçando ao agachon e passeando por buracos impossíveis, foi fazendo aos poucos e poucos uma bela caçada e só não vence a prova porque fica convencido a dada altura que a quota dos bodiões eram 6 em vez de 12. Numa zona em que o bodião abundava em grande quantidade e peso, acabou por trazer apenas metade da quota para a balança.


O único exemplar de polvo a pontuar, uma das novidades no regulamento deste ano, foi apanhado pelo estreante Carpakoy.
Grande nível demonstrado também por Rui André a conseguir num agachon perfeito, com uma técnica fora do normal, apanhar a única dourada a pontuar do encontro.
Os restantes atletas trouxeram bastante peixe, acabando mesmo por ser a melhor edição de sempre do Caparica com todos os participantes a pontuar. O clube subaquático da Caparica está de parabéns e esperamos que as próximas edições consigam manter o nível de qualidade que nos foi presenteado este ano.
Um grande abraço dos COI

Classificação:

Clubes

1º Caparica
2º Cepote
3º St Martin's Spears
4º COI
5º Pescasub


Individual

Nº ATLETA CLUBE
1 Hugo Correia CAPARICA
2 Nuno Rosado CEPOTE
3 Miguel Ferreira PESCASUB
4 Zé Tó CAPARICA
5 Sergio Brilhante St Martin's
6 Filipe Martins COI
7 Paulo Ralha CAPARICA
8 Dárcio Fonseca CAPARICA
9 Rui André CAPARICA
10 Pedro Valente CEPOTE
11 Luis Silva St Martin's
12 Bi- Luis Sousa CAPARICA
13 Rui Patrão CAPARICA
14 Carlos Martins COI
15 Hugo Àguas COI
16 César Ferreira PESCASUB
17 Tiago Kudox CAPARICA
18 Estêvão Oliveira COI
19 Mário Teixeira CAPARICA
20 João Carvalho CAPARICA
21 João Carpa CEPOTE
22 Rui Sousa CAPARICA
23 Marco Carvalho CAPARICA
24 Ricardo PICA PESCASUB
25 Alex Cantanhede CAPARICA
25 Sergio Aleixo CAPARICA